Em busca de uma solução mais sustentável para mitigar os impactos socioambientais da produção energética, o Hidrogênio Verde é uma das apostas do cenário mundial para descarbonização da matriz energética.

O hidrogênio pode ser produzido através da eletrólise da água. Esta é uma das rotas tecnológicas possíveis para produção do hidrogênio verde ou de baixo carbono – por meio dos chamados eletrolisadores. Isto é possível porque, com a utilização de fontes renováveis, o hidrogênio pode ser considerado verde.

O impacto do Hidrogênio Verde no Ecossistema

Levando em consideração a meta do Acordo de Paris para 2030, o aumento da temperatura do Planeta precisa ser mantido em até 2°C, e o que torna a utilização de Hidrogênio Verde interessante é a particularidade de que possa ser obtido sem emissão de CO² (dióxido de carbono),tendo em vista que, a emissão deste gás na atmosfera contribui significativamente para o aumento da temperatura.

Visto que esta solução atua como importante aliado na redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, foi criado o Programa iH₂Brasil - Programa de Inovação em Hidrogênio Verde, para contribuir para a descarbonização da economia brasileira.

Com o objetivo de apoiar a expansão do mercado de Hidrogênio Verde (H2V) no Brasil, o Programa é uma realização do projeto H2Brasil, implementado pela GIZ Brasil, Cooperação Brasil-Alemanha apoiada pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. O projeto é realizado em parceria com a Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde, formada pelas Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, Câmara Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro e com apoio do Ministério de Minas e Energia (MME).

O Programa iH₂Brasil visa fortalecer o ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação do país, apoiando soluções para toda a cadeia produtiva de Hidrogênio Verde.

Assim, nos dias 27 e 28 de outubro aconteceu a primeira Imersão no Ecossistema de Hidrogênio Verde, evento realizado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), representando o marco inicial da etapa de Suporte para PD&I e Prototipação das soluções das Startups aceleradas pela1ª Edição do Programa.

Primeira Imersão no Ecossistema de Hidrogênio Verde

Com uma programação exclusiva para as 8 Startups aceleradas na edição pioneira, o primeiro dia da Imersão no Ecossistema de Hidrogênio Verde proporcionou às Startups H2VLaw, Green Energy, GreenPower, Nanoink, Open Sustentável, Sanergya, Share Energy e Phama Energias Renováveis uma imersão aos laboratórios de Infraestrutura em Energia, Usos Finais e Gestão de Energia, Bioenergia e Eficiência Energética e Tecnologia de motores de combustão interna utilizando GNV/Biogás/Etanol do IPT, comandada pelo diretor técnico da Unidade de Energia, João Carlos Sávio Cordeiro e pesquisadores Antonio Francisco Gentil Ferreira Junior, Sérgio Francisco Dela Antônio, Adriana Garcia e Marco Isola Naufal.

O IPT é um dos importantes parceiros institucionais do iH₂Brasil e relevante apoiador como ICT (Instituição de Ciência e Tecnologia) para a prototipação dos projetos das startups aceleradas. “A ideia é o IPT ser uma referência para o desenvolvimento das startups já selecionadas e para as próximas que serão escolhidas nas edições seguintes. Estas startups têm um espectro bastante largo de atuação, desde algoritmos de IA para a regulamentação do hidrogênio verde até a transformação de biomassa como fonte de energia”, explica o diretor João Carlos Cordeiro.

Já a programação do segundo dia, aberta aos atores do ecossistema de Hidrogênio Verde e empresas líderes no setor de energia e sustentabilidade, foi marcada pela realização de mesas de Matchmaking, organizadas para que as Startups apresentassem suas soluções às empresas âncora, investidores e convidados, com o objetivo de validar seus projetos e aproximarem-se da sonhada prototipação. A iniciativa contou com a participação de 27 empresas, 12 consultorias, 8 atores de conhecimento (ICTs e Universidades) e 4 Investidores (Anjo e Venture Capital). A dinâmica encerrou-se com 15 cartas de interesse assinadas para parcerias junto às Startups aceleradas da 1ª edição do iH₂Brasil.

Em paralelo, para fortalecer e instigar trocas acerca da iniciativa, o dia 28 contou com duas mesas redondas, as quais abordaram os temas: "Desafio das empresas para Desenvolvimento e Implementação de Tecnologias de Hidrogênio Verde", cujo debate foi enriquecido pelas empresas Tupy, Siemens Energy e White Martins, e "Novos Modelos de Negócios e Rotas Tecnológicas", com a participação das Instituições ABEEólica e Fraunhofer.

Às vésperas de iniciar a 2ª Edição do Programa, Fernando Paraíso, coordenador de Inovação e Sustentabilidade da AHK SP, declara: “Com o fechamento da primeira edição, estamos muito felizes com o desenvolvimento e maturidade das Startups que participaram da iniciativa. Nossa expectativa é que por meio do Programa possamos fortalecer e fomentar cada vez mais as oportunidades de negócios em Hidrogênio Verde para os próximos anos.”.

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