TRL: avalie o nível de maturidade tecnológica do seu projeto

Como utilizar a metodologia TRL no meu projeto?

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Layla Leão
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TRL é uma sigla em inglês para Technology Readiness Levels e, em português, significa Nível de Maturidade Tecnológica. Trata-se de uma ferramenta implementada pela NASA, que tem como principal objetivo apoiar a avaliação dos avanços obtidos nas atividades inerentes à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) de uma organização.

Como identificar o TRL do meu projeto?

Identificar o TRL atual de um projeto pode ser desafiador, deste modo o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA1) criou uma calculadora para apoiar este processo, adaptando as aplicações iniciadas pela NASA e pela norma ABNT NBR ISO 16290:2015, que pode ser acessada por meio deste link

Essa ferramenta utiliza a seguinte metodologia:

  1. definição do período e frequência da avaliação;
  2. definição da equipe responsável pelas avaliações;
  3. definição das tecnologias envolvidas no projeto de PD&I que serão avaliadas;
  4. análise de toda a documentação do PD&I;
  5. reunião para responder ao questionário TRL.

Conhecer o TRL de um projeto de PD&I permite a compreensão desde a pesquisa básica (TRL1), passando por etapas como estruturação do conceito tecnológico (TRL2), prova de conceito experimental/analítica (TRL3), validação funcional em ambiente laboratorial (TRL4), validação e demonstração em ambiente relevante (TRL5-6) e concepção de um sistema completo qualificado (TRL8), até a sua concepção em um sistema real (TRL9).

Desta forma, a empresa poderá perceber em que estágio de maturidade estes projetos se encontram, além de identificar oportunidades de fomento para avançar neste desenvolvimento. Muitas agências de fomento no Brasil têm utilizado esta ferramenta para definir escopos de aplicação de recursos.

Quais são os níveis de maturidade tecnológica de um projeto?

As agências de fomento ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial)3, ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) atuam em diferentes níveis de maturidade tecnológica.

Linha do tempoDescrição gerada automaticamente
Representação gráfica do Nível de Maturidade Tecnológica versus Instrumentos de Fomento à PD&I do Sistema Nacional de Inovação brasileiro. Fonte: PIERACCIANI, 2023.

A definição exata dos níveis de maturidade tecnológica pode variar entre as agências, mas geralmente seguem uma escala semelhante aos Technology Readiness Levels (TRL) utilizados pela NASA. A seguir, apresentamos uma estimativa dos níveis de maturidade tecnológica em que essas agências atuam:

  • FINEP: A FINEP atua em uma ampla faixa de níveis de maturidade tecnológica, desde a pesquisa básica (TRL 1-2) até o desenvolvimento experimental (TRL 6-7). A maioria dos instrumentos de fomento da FINEP está direcionada para projetos com TRL 3 a 7.
  • ANP: A ANP atua em níveis de maturidade tecnológica mais avançados, geralmente a partir do desenvolvimento experimental (TRL 6-7) até a demonstração em ambiente operacional (TRL 8-9), especialmente no setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis.
  • EMBRAPII: A EMBRAPII atua em diferentes níveis de maturidade tecnológica, desde a pesquisa básica (TRL 1-2) até o desenvolvimento experimental (TRL 6-7). A EMBRAPII possui uma abordagem flexível e adaptável, buscando apoiar projetos em diferentes estágios de maturidade.
  • ANEEL: A ANEEL atua principalmente em níveis de maturidade tecnológica mais avançados, a partir do desenvolvimento experimental (TRL 6-7) até a demonstração em ambiente operacional (TRL 8-9), especialmente no setor de energia elétrica;
  • ABDI: ABDI atua em diferentes estágios de maturidade tecnológica, desde a pesquisa básica (TRL 1) até o desenvolvimento experimental (TRL 6-7), dependendo do programa ou iniciativa específica.
  • FAPESP: A FAPESP atua em diferentes níveis de maturidade tecnológica, desde a pesquisa básica (TRL 1-2) até o desenvolvimento experimental (TRL 6-7). A FAPESP apoia projetos de pesquisa e inovação em diversas áreas de conhecimento.

É importante ressaltar que essas informações são uma estimativa geral e as agências de fomento podem ter programas específicos com diferentes faixas de TRL. Recomenda-se consultar as diretrizes e critérios de cada agência para obter informações mais precisas sobre os níveis de maturidade tecnológica em que atuam.

Como utilizar a metodologia TRL no meu projeto?

Nós, da Pieracciani, apoiamos empresas na ampliação do conhecimento, implementação de ferramentas e captação de recursos para projetos de inovação, utilizando a metodologia TRL. Além disso, auxiliamos as empresas na priorização dos instrumentos de fomento de acordo com a realidade atual, indicando os direcionadores estratégicos para a captação de recursos. Isso resulta na estruturação de um plano estratégico de inovação que combina plenamente os instrumentos de fomento disponíveis.

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