A Sociedade do Cansaço: Como anda a saúde da sua empresa?

De acordo com Byung-Chul Han, saímos de uma sociedade disciplinar e ingressamos em uma sociedade de desempenho. O que isso quer dizer?

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Rodrigo Dias
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Prazos apertados, rotinas estressantes e a sensação de que ainda não fizemos o suficiente. Estes são tópicos comuns no mundo todo que, juntamente do aumento de casos de doenças neuronais, como depressão, ansiedade e burnout, fizeram com que o filósofo sul-coreano, Byung-Chul Han, escrevesse o ensaio Sociedade do Cansaço (2013).

Com o mercado demandando cada vez mais produtividade, as empresas precisam estar atentas à saúde de seus funcionários e funcionárias, a fim de colaborar para a diminuição dos efeitos negativos de uma sociedade moderna altamente volátil e orientada para resultados, como nomeia o autor. Mas como as organizações podem impactar positivamente na saúde de seus colaboradores sem sacrificar sua competitividade?

O que é a “Sociedade do Cansaço”?

De acordo com Byung-Chul Han, saímos de uma sociedade disciplinar e ingressamos em uma sociedade de desempenho. O que isso quer dizer?

As sociedades disciplinares foram descritas pelo filósofo Michel Foucault como sociedades de comando e controle, orientadas por disciplina e obediência, determinação de padrões de comportamento e negatividade. A partir desta perspectiva, o autor de Sociedade do Cansaço argumenta que nós deixamos esse modelo social de lado para abraçar uma sociedade de desempenho, na qual se reforça o discurso da positividade em busca da máxima produtividade.

Nesse contexto proposto na obra, a positividade se torna um mecanismo de negação da negatividade, isto é, o indivíduo disciplinar se auto-explora por acreditar que seus limites são barreiras para o próprio desenvolvimento, responsáveis por impedir o alcance da máxima performance.

Os impactos da saúde emocional nos negócios

É importante lembrar que os efeitos negativos não se referem somente ao mundo empresarial, mas a todas as esferas da sociedade, impactando diretamente no consumo, no lazer e na qualidade de vida dos indivíduos, tendo em vista que o desempenho não está apenas no trabalho.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o 5º mais depressivo. Estes dados demonstram como ainda existem diversos tabus e preconceitos em nosso país quando o assunto é saúde mental, fazendo com que as doenças emocionais e mentais sejam identificadas de forma tardia ou até mesmo nunca tratadas.

Discutidas ou não, o índice de doenças neuronais continua aumentando  em ritmo acelerado. Apenas no início de 2022 o Burnout passou a ser reconhecido como doença ocupacional pela OMS com a CID 11 e, de acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com esta síndrome, dados que enfatizam a discussão de que o mundo corporativo tem impacto relevante nas condições emocionais dos colaboradores e, neste tópico, as empresas precisam estar atentas.

De acordo com Leena Johns, VP Global da Healthcare da MetLife, os gastos com saúde de empresas com uma cultura estressante são cerca de 50% maiores, funcionários desassistidos faltam 37% mais e sofrem 49% mais acidentes, impactando negativamente na produtividade e lucratividade das organizações.

Neste sentido, é importante enfatizar que, conforme o artigo publicado de Gartner, as pessoas que atuam no mercado de trabalho procuram ativamente por equilíbrio entre o bem-estar pessoal e profissional, pois, além do retorno financeiro, o reconhecimento e o propósito têm se tornado fatores essenciais para a permanência dos colaboradores nas empresas.

Como sua empresa pode colaborar para a saúde emocional dos funcionários?

Além de garantir sua vantagem competitiva, prezar pela qualidade de vida dos colaboradores pode reduzir o turnover da instituição, aumentar o engajamento dos funcionários e melhorar o clima organizacional.

Existem boas práticas que podem ajudar a sua empresa a alcançar esses objetivos relacionados ao bem-estar de sua equipe, como:

  • incentivar a prática de atividades esportivas;
  • propor horários e locais de trabalho flexíveis;
  • implementar programas para o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores;
  • disponibilizar acesso a apoio psicológico;
  • ter uma cultura de feedbacks frequentes.

Aqui na Pieracciani, o aprendizado e o bem-estar dos colaboradores são aspectos que levamos em consideração seriamente. Realizamos algumas atividades, como visitas a centros culturais e exposições, também incentivamos atividades físicas com eventos e reembolso de despesas mensais relacionadas à prática de esportes, e temos uma cultura de feedbacks frequentes.

Além disso, aqui nós realizamos a Universidade Corporativa, encontros com todo o Time para desenvolver habilidades fundamentais sem fazer do treinamento um obstáculo, e sim um momento de aprendizado que impulsiona resultados de forma orgânica.

Essa pode ser a peça que faltava para engajar sua equipe, aprendendo: 

  • Comunicação, inteligência emocional, produtividade, negociação;
  • Como alinhar discurso e prática para promover os valores da empresa;
  • Como manter o engajamento dos colaboradores;
  • Como acelerar carreiras e negócios;
  • Como desenvolver Times e líderes mais eficazes e muito mais!

E aí, o que achou das reflexões e das dicas? Se quiser implementar um programa para o desenvolvimento profissional de seus colaboradores, venha conhecer nosso treinamento personalizado da Universidade Corporativa!

Envie um e-mail para nossos especialistas de Educação: educacao@pieracciani.com.br

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